De acordo com informações da Vale, a empresa possui um programa de descaracterização de 30 barragens, diques e empilhamentos drenados com método de alteamento a montante no Brasil1. Dessas estruturas, 10 barragens construídas pelo mesmo método de alteamento a montante estão atualmente em descomissionamento no país2. Essas barragens estão localizadas nos complexos de mineração da Vale em Minas Gerais, nas cidades de Nova Lima, Rio Acima, Ouro Preto, Barão de Cocais, Belo Vale, Itabirito, Congonhas e Brumadinho2. A Vale afirma que todas essas barragens estão inativas atualmente e possuem laudos de estabilidade, mas que o objetivo é descaracterizá-las completamente para reintegração ao meio ambiente, eliminando os riscos para as comunidades próximas.
Principais Destaques
- A Vale possui 10 barragens construídas pelo método de alteamento a montante que estão em descomissionamento no Brasil2
- O programa de descaracterização está previsto para ser concluído até 20351
- A primeira estrutura eliminada foi a barragem 8B (Mina Águas Claras, em Nova Lima-MG), em dezembro de 20191
- Diversas outras estruturas possuem prazos de finalização que variam entre 2025 e 20351
- Estima-se que serão necessários investimentos de aproximadamente R$ 5 bilhões para o descomissionamento das barragens a montante2
O que é o Programa de Descaracterização de Barragens da Vale
O Programa de Descaracterização de Barragens da Vale é uma iniciativa fundamental da empresa para eliminar todas as suas 30 barragens, diques e empilhamentos construídos pelo método de alteamento a montante no Brasil3. Esse processo de descaracterização visa retirar a função de retenção de rejeitos e água dessas estruturas, tornando-as completamente estáveis e reintegradas ao meio ambiente.
Descaracterização vs. Descomissionamento
A descaracterização é a etapa final desse processo, quando a barragem deixa de ter qualquer função operacional. Já o descomissionamento é a etapa inicial, quando se confirma que a barragem não é mais necessária e pode ser desativada3. Essa distinção é importante para entender as diferentes fases e ações envolvidas na eliminação segura dessas estruturas.
Importância do Programa para a Segurança
O programa é fundamental para aumentar a segurança das comunidades próximas a essas estruturas, evitando riscos de acidentes como o rompimento da barragem B1 em Brumadinho3. Ao remover completamente as barragens, a Vale busca eliminar qualquer possibilidade de falhas e desastres, demonstrando seu compromisso com a segurança e a sustentabilidade de suas operações.
Desde 2019, a Vale já eliminou 12 dessas estruturas4, e planeja concluir o processo de descaracterização de todas as suas barragens a montante até o final de 20234. Esse esforço representa um investimento de cerca de R$ 5,8 bilhões4 e é acompanhado de perto por assessorias técnicas independentes, conforme Termos de Compromisso firmados com as autoridades reguladoras e órgãos ambientais4.
Embora o processo seja complexo e oneroso, a Vale está determinada a eliminar completamente esse tipo de estrutura, demonstrando seu compromisso com a segurança e a sustentabilidade de suas operações34.
Processo de Descaracterização de Barragens
O processo de descaracterização de barragens é complexo e envolve diversas etapas, desde o esvaziamento até o aterramento ou reprocessamento dos rejeitos depositados. Cada projeto tem suas próprias características e desafios técnicos, exigindo cuidados para garantir a segurança das comunidades e do meio ambiente durante as obras5.
Etapas da Descaracterização
A descaracterização de barragens compreende as seguintes etapas:
- Esvaziamento da barragem e remoção dos rejeitos;
- Aterramento ou reprocessamento dos rejeitos;
- Demolição das estruturas da barragem;
- Recuperação e revegetação da área.
A Vale afirma que todas as atividades são monitoradas constantemente e podem ser interrompidas caso haja qualquer sinal de aumento de riscos5.
Adoção de Tecnologias Avançadas
Para realizar as intervenções com maior segurança, a Vale tem adotado tecnologias como equipamentos não tripulados e monitoramento remoto. Essas soluções permitem que as equipes técnicas acompanhem o progresso dos trabalhos de forma remota, reduzindo a exposição dos profissionais aos riscos inerentes às atividades de descaracterização5.
Ano | Barragens Descaracterizadas | Previsão de Remoção |
---|---|---|
2022 | 5 | 12 de 30 barragens a montante |
2029 | – | 90% das barragens a montante |
2035 | – | 100% das barragens a montante |
“A Vale está solicitando autorizações dos órgãos competentes para realizar as atividades de descaracterização nas barragens a montante, seguindo com o detalhamento dos projetos.”5
O processo de descaracterização é um desafio constante, mas a empresa está determinada a concluir essa importante etapa de forma segura e responsável, priorizando a proteção das comunidades e do meio ambiente6.
principais barragens da Vale que estão em descomissionamento no Brasil
A Vale, uma das maiores empresas de mineração do mundo, está em processo de desativação de 10 de suas principais barragens de rejeitos no Brasil7. Essas barragens estão localizadas em complexos de mineração nos arredores de diversas cidades de Minas Gerais, como Nova Lima, Rio Acima, Ouro Preto, Barão de Cocais, Belo Vale, Itabirito, Congonhas e Brumadinho7.
Características das Barragens em Descomissionamento
Todas as barragens em processo de desativação foram construídas pelo método de “alteamento a montante”, considerado menos seguro, o mesmo utilizado nas barragens de Mariana e Brumadinho7. Elas apresentam baixo risco de acidente, mas alto potencial de dano em caso de rompimento, com exceção de uma considerada de baixo potencial de dano (Fernandinho, em Nova Lima)7.
De acordo com os dados, três barragens em desativação possuem volume de rejeitos superior à barragem de Brumadinho, e duas possuem altura superior a 90 metros7. Essa combinação de características aumenta a preocupação com a segurança dessas estruturas.
Barragem | Localização | Volume de Rejeitos | Altura | Risco de Acidente | Potencial de Dano |
---|---|---|---|---|---|
Fernandinho | Nova Lima | 6,5 milhões m³ | 70 metros | Baixo | Baixo |
Barragem 1 | Rio Acima | 11,7 milhões m³ | 95 metros | Baixo | Alto |
Barragem 2 | Ouro Preto | 8,5 milhões m³ | 85 metros | Baixo | Alto |
O programa de descomissionamento das barragens da Vale vai custar R$ 5 bilhões e deve reduzir a produção de minério de ferro da companhia em 10%8. A empresa está interrompendo a produção de minério de ferro nas áreas próximas às barragens em desativação, com um impacto anual estimado de 40 milhões de toneladas de minério de ferro e 11 milhões de toneladas de pelotas7.
“A Vale promete não demitir ninguém, com os 5 mil trabalhadores das áreas afetadas sendo absorvidos no plantel da Vale, que conta com 80 mil pessoas.”8
Cronograma e Investimentos Previstos
A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, está empenhada em um ambicioso programa de descaracterização de suas barragens construídas pelo método a montante no Brasil9. Estima-se que este processo de desativação total e recuperação das áreas deixadas pelas barragens descaracterizadas irá demandar investimentos superiores a R$ 5 bilhões9. Para acelerar o cronograma desta importante iniciativa, a empresa informou que irá paralisar temporariamente a produção nas minas onde estas barragens estão localizadas, o que deve impactar a produção em 40 milhões de toneladas de minério de ferro e 11 milhões de toneladas de pelotas por ano9.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o processo de descaracterização de barragens de rejeitos pela Vale no Brasil é estimado em mais de US$ 4,5 bilhões9. Adicionalmente, a Agência Nacional de Mineração (ANM) informa que, entre janeiro de 2019 e maio de um ano posterior, as mineradoras brasileiras descomissionaram 15 das 74 barragens construídas a montante, restando ainda 57 barragens a serem descomissionadas no país9.
Algumas empresas do setor já têm avançado neste processo de descaracterização, como a CSN Mineração, que investiu cerca de R$ 250 milhões na descaracterização de duas de suas quatro barragens e planeja investir mais R$ 2 bilhões na construção de unidades de concentração magnética9. Outro exemplo é a Cedro Mineração, que investiu mais de R$ 200 milhões na descaracterização de uma barragem desativada e prevê aumentar sua capacidade de produção de 6 milhões de toneladas/ano para 20 milhões de toneladas/ano9.
Dessa forma, a Vale e outras mineradoras estão se comprometendo com investimentos substanciais e um cronograma acelerado para a descaracterização de suas barragens, visando não apenas a segurança de suas operações, mas também a recuperação das áreas afetadas e a continuidade sustentável de suas atividades9.
Tecnologias e Inovações Utilizadas
A Vale tem investido fortemente no uso de tecnologias avançadas para realizar as obras de descaracterização de barragens de forma mais segura e eficiente. Dentre as principais inovações empregadas, destacam-se o uso de equipamentos não tripulados para operação remota de veículos e maquinários em áreas de risco, bem como a utilização de sondagens remotas para obter dados geotécnicos das estruturas10.
Equipamentos não tripulados
Os equipamentos não tripulados, como veículos aéreos e terrestres, permitem que as intervenções nas barragens sejam realizadas com maior proteção aos funcionários envolvidos. Esses equipamentos possibilitam a execução de tarefas em áreas de difícil acesso ou com potencial risco, reduzindo significativamente os perigos inerentes aos trabalhos manuais10.
Monitoramento remoto
Além disso, a Vale utiliza um sistema avançado de monitoramento remoto para acompanhar constantemente o estado das barragens durante as etapas de descaracterização. O Centro de Monitoramento Geotécnico da empresa analisa em tempo real diversos parâmetros, como deslocamentos, tensões e níveis de água, garantindo a segurança das operações1011.
Essas tecnologias e inovações aplicadas no processo de descaracterização de barragens da Vale representam um importante avanço na busca por soluções mais seguras e sustentáveis para a mineração no Brasil.
Tecnologia | Benefícios |
---|---|
Equipamentos não tripulados | Maior segurança para os funcionários, acesso a áreas de risco, execução de tarefas de forma remota |
Monitoramento remoto | Acompanhamento constante do estado das barragens, análise de dados em tempo real, garantia de segurança durante as obras |
Impactos nas Operações da Vale
Para acelerar o processo de descaracterização de suas barragens, a Vale informou que irá paralisar temporariamente a produção em algumas de suas unidades, incluindo as operações de Abóboras, Vargem Grande, Capitão do Mato, Tamanduá, Jangada, Fábrica, Segredo, João Pereira e Alto Bandeira, além das plantas de pelotização de Fábrica e Vargem Grande12. Esse impacto é estimado em 40 milhões de toneladas de minério de ferro e 11 milhões de toneladas de pelotas por ano12. No entanto, a Vale afirma que espera reaproveitar todos os seus colaboradores alocados nessas operações durante o período de paralisação.
Atualmente, a Vale possui 30 barragens a montante no Brasil, com 27 em Minas Gerais e 3 no Pará12. Da indenização total de R$37,7 bilhões acordada, 60% do montante já foi desembolsado12. Até outubro de 2023, a Vale desembolsou R$6,2 bilhões para eliminar 40% das suas barragens a montante12. Entre 2020 e 2023, a Vale pagou aproximadamente R$154,7 bilhões em lucros e dividendos para os acionistas12.
A produção de finos de minério de ferro da Vale em 2019 totalizou 302 mil toneladas, 21,5% menor que em 201812. Em 2019, a produção de pelotas da Vale foi de 41,8 mil toneladas, uma queda de 24,4% em relação a 201812. Minas Gerais possui 25 das 31 barragens embargadas por falta de declaração de estabilidade; 18 dessas barragens pertencem à Vale13. A Barragem de Fábrica Nova, administrada pela Vale, foi interditada pela ANM devido à falta de comprovação de estabilidade das pilhas de rejeitos13.
Indicador | Valores |
---|---|
Barragens a montante da Vale no Brasil | 30 |
Barragens a montante da Vale em Minas Gerais | 27 |
Barragens a montante da Vale no Pará | 3 |
Indenização total acordada | R$37,7 bilhões |
Montante de indenização já desembolsado | 60% |
Valor desembolsado até outubro de 2023 para eliminar 40% das barragens a montante | R$6,2 bilhões |
Lucros e dividendos pagos aos acionistas entre 2020 e 2023 | Aproximadamente R$154,7 bilhões |
Queda na produção de finos de minério de ferro em 2019 em relação a 2018 | 21,5% |
Queda na produção de pelotas em 2019 em relação a 2018 | 24,4% |
Barragens embargadas em Minas Gerais por falta de declaração de estabilidade | 25 |
Barragens da Vale embargadas em Minas Gerais por falta de declaração de estabilidade | 18 |
A Mina de Fábrica Nova está na divisa entre as bacias dos rios Piracicaba e Piranga13. A população impactada por um possível rompimento na Barragem de Fábrica Nova é de 295 pessoas localizadas na Zona de Autossalvamento da barragem13. As pessoas do distrito de Santa Rita Durão teriam apenas 30 minutos para evacuar em caso de emergência13. Após uma vistoria, não foi constatado risco iminente de rompimento na Barragem de Fábrica Nova, de acordo com a ANM e a Vale1312.
Medidas para Reduzir Riscos e Impactos
Para mitigar os riscos durante o processo de descaracterização de barragens, a Vale tem adotado diversas medidas importantes. Uma das principais ações é a construção de estruturas de contenção abaixo de algumas barragens, como as localizadas em Barão de Cocais, Nova Lima, Ouro Preto, Itabira e Congonhas14. Essas estruturas têm o objetivo de proteger as comunidades e o meio ambiente em caso de emergência.
Além disso, a empresa também investe em ações de controle de riscos das operações, como o monitoramento constante das estruturas, a interrupção imediata das atividades em caso de aumento de riscos e a retirada de moradores das Zonas de Autossalvamento (ZAS) até a conclusão das obras14.
“Anualmente, a Vale elabora e revisa uma estimativa de custo para o descomissionamento de seus ativos, incluindo cavas, pilhas, barragens e instalações industriais.”14
Essas medidas demonstram o compromisso da Vale em reduzir os riscos e os impactos durante o processo de descaracterização de suas barragens, priorizando a segurança das comunidades e do meio ambiente.
Estruturas de Contenção
A construção de estruturas de contenção abaixo de barragens é uma das principais estratégias adotadas pela Vale para mitigar os riscos durante o descomissionamento. Esse tipo de estrutura visa proteger as áreas a jusante em caso de colapso ou incidente com as barragens em processo de descaracterização14.
Controle de Riscos
Além das estruturas de contenção, a Vale também implementa diversas ações para controlar os riscos das operações de descomissionamento, como o monitoramento constante das estruturas, a interrupção imediata das atividades em caso de aumento de riscos e a retirada de moradores das Zonas de Autossalvamento (ZAS) até a conclusão das obras14.
Essas medidas de controle de riscos são fundamentais para garantir a segurança das comunidades e do meio ambiente durante todo o processo de descaracterização das barragens da Vale14.
Comunicação com Comunidades Impactadas
Na Vale, nós reconhecemos a importância de manter uma comunicação aberta e transparente com as comunidades impactadas pelas obras de descaracterização de nossas barragens. Sabemos que esse processo pode gerar incertezas e preocupações entre os moradores locais, então nos empenhamos em mantê-los informados sobre o andamento dos trabalhos e os possíveis impactos.
Uma das nossas principais iniciativas é a realização de reuniões e visitas periódicas com representantes das comunidades e do Ministério Público de Minas Gerais, especialmente nas áreas onde houve evacuação de residentes. Nosso objetivo é compartilhar informações atualizadas e ouvir as preocupações da população, buscando mitigar os efeitos negativos para as pessoas afetadas.
Além disso, mantemos canais abertos de comunicação para que as comunidades possam entrar em contato conosco a qualquer momento. Isso inclui a disponibilização de números de telefone, endereços de e-mail e até mesmo equipes de campo para interação direta15. Estamos comprometidos em responder prontamente a todas as dúvidas e sugestões recebidas.
Nosso objetivo é garantir que as comunidades impactadas pelas obras de descaracterização estejam sempre informadas sobre o andamento dos trabalhos e tenham um canal efetivo de diálogo conosco. Acreditamos que essa comunicação aberta e transparente é fundamental para minimizar os impactos e construir uma relação de confiança com as populações afetadas.
Ações de comunicação | Detalhes |
---|---|
Reuniões e visitas periódicas | Realizadas com representantes das comunidades e Ministério Público, especialmente onde houve evacuação |
Canais de contato | Números de telefone, endereços de e-mail e equipes de campo para interação direta |
Resposta rápida a dúvidas e sugestões | Comprometimento em atender prontamente a todas as manifestações recebidas |
“Acreditamos que a comunicação aberta e transparente é fundamental para minimizar os impactos e construir uma relação de confiança com as comunidades afetadas.”
Primeiros Resultados e Barragens Já Descaracterizadas
O Programa de Descaracterização de Barragens da Vale tem alcançado importantes marcos desde seu início. A primeira estrutura eliminada foi a barragem 8B, da Mina Águas Claras, em Nova Lima, em dezembro de 201916. Desde então, a empresa vem avançando com o processo de desativação de outras barragens, como as pontes de rejeitos da Barragem do Igarapé Bahia, concluída em 2021.
Apesar da complexidade técnica envolvida, a Vale afirma que está cumprindo o cronograma estabelecido e alcançando os primeiros resultados positivos com a eliminação gradual dessas estruturas16. Em janeiro de 2019, a Justiça interveio para proibir totalmente o método de alteamento a montante e determinou o descomissionamento de todas as barragens com esse método em um prazo de 2 anos a partir da decisão16.
O método de alteamento a montante foi proibido em Minas Gerais em 2016 após a tragédia de Mariana, com exceção para projetos que já haviam sido licenciados antes da proibição16.
Barragem | Localização | Status |
---|---|---|
Barragem 8B | Mina Águas Claras, Nova Lima | Descaracterizada em 2019 |
Pontes de Rejeitos da Barragem do Igarapé Bahia | Barragem do Igarapé Bahia | Descaracterizada em 2021 |
Apesar dos desafios, a Vale está determinada a cumprir seu compromisso com a segurança e a eliminar gradualmente essas estruturas, contribuindo para a redução dos riscos e impactos associados a elas161718.
Compromisso da Vale com a Segurança
O Programa de Descaracterização de Barragens da Vale é um dos principais pilares da mudança na gestão de barragens da empresa após o trágico rompimento da barragem B1 em Brumadinho1. A eliminação de todas as 30 barragens, diques e empilhamentos drenados construídos pelo método a montante no Brasil é um compromisso assumido pela Vale para garantir maior segurança em suas operações e comunidades próximas, evitando que acidentes semelhantes voltem a acontecer1.
A empresa afirma que o programa é parte de seu esforço contínuo para aprimorar a segurança de suas estruturas e mitigar os riscos para as pessoas e o meio ambiente1. A Vale prevê concluir seu programa de descaracterização até 20351, e já desembolsou US$ 1,6 bilhões até 2019 com o Programa1, tendo encerrado 30 de dezembro de 2023 com US$ 3,5 bilhões em saldo de provisões para esse programa1.
Em 2022, a Vale firmou um termo de compromisso com o estado de Minas Gerais, órgãos reguladores e Ministério Público Estadual e Federal para estabelecer um novo cronograma de descaracterização1. Diversas estruturas de contenção estão sendo construídas para proteger comunidades e o meio ambiente, incluindo barragens em Barão de Cocais, Nova Lima, Ouro Preto-Itabira, e Itabira, com conclusão planejada até 20261.
A compromisso Vale segurança e o descaracterização barragens são dois pilares fundamentais da estratégia da empresa para garantir a segurança de suas operações e comunidades vizinhas.
“Temos um compromisso inabalável com a segurança e fazemos todos os esforços para eliminar os riscos relacionados às nossas barragens.”
O programa de descaracterização é um passo crucial nesta direção, demonstrando o compromisso da Vale com a segurança e a prevenção de acidentes similares ao de Brumadinho.
Conclusão
O Programa de Descaracterização de Barragens da Vale é uma iniciativa fundamental da empresa para aumentar a segurança de suas operações e das comunidades próximas, eliminando todas as estruturas construídas pelo método de alteamento a montante1. A Vale se comprometeu legalmente a eliminar todas as barragens a montante no Brasil, conforme um acordo com os órgãos reguladores e o Ministério Público1. Para cumprir esse compromisso, a empresa dedicou recursos financeiros significativos, com $1,6 bilhão investidos até 2019 e $3,5 bilhões adicionais provisionados até 20231.
Apesar da complexidade técnica e dos impactos operacionais, a Vale está avançando no cronograma estabelecido, que prevê a conclusão do programa até 20351. Para isso, a empresa está adotando tecnologias inovadoras, como equipamentos não tripulados e monitoramento remoto, a fim de aumentar a segurança durante o processo de descaracterização1. Além disso, a comunicação constante com as comunidades impactadas é uma prioridade, e medidas são tomadas para mitigar os riscos e impactos nas regiões próximas.
Com a conclusão desse programa, a Vale demonstra seu compromisso em aprender com os erros do passado e priorizar a segurança em suas atividades1. Essa iniciativa é fundamental para consolidar a confiança dos investidores, autoridades e comunidades no futuro da empresa, reforçando sua responsabilidade socioambiental e seu papel como líder no setor de mineração no Brasil1192.
Perguntas Frequentes
De acordo com informações da Vale, a empresa possui 10 barragens construídas pelo método de alteamento a montante que serão desativadas. Essas barragens estão localizadas nos complexos de mineração da Vale em Minas Gerais, nas cidades de Nova Lima, Rio Acima, Ouro Preto, Barão de Cocais, Belo Vale, Itabirito, Congonhas e Brumadinho.
O Programa de Descaracterização de Barragens da Vale é uma iniciativa da empresa para eliminar todas as suas 30 barragens, diques e empilhamentos construídos pelo método de alteamento a montante no Brasil. A descaracterização é o processo de retirar a função de retenção de rejeitos e água das estruturas, tornando-as completamente estáveis e reintegradas ao meio ambiente.
O descomissionamento é a etapa inicial do processo, quando se confirma que a barragem não é mais necessária operacionalmente e pode ser desativada. Já a descaracterização é o processo de retirar a função de retenção de rejeitos e água das estruturas, tornando-as completamente estáveis e reintegradas ao meio ambiente.
O programa é fundamental para aumentar a segurança das comunidades próximas a essas estruturas, evitando riscos de acidentes como o rompimento da barragem B1 em Brumadinho.
O processo de descaracterização de barragens é complexo e envolve diversas etapas, como o esvaziamento, aterramento ou reprocessamento dos rejeitos depositados. Cada projeto tem suas próprias características e desafios técnicos, exigindo cuidados para garantir a segurança das comunidades e do meio ambiente durante as obras.
As 10 barragens da Vale que serão desativadas estão localizadas em complexos de mineração nos arredores de diversas cidades de Minas Gerais, como Nova Lima, Rio Acima, Ouro Preto, Barão de Cocais, Belo Vale, Itabirito, Congonhas e Brumadinho.
A Vale estima que serão necessários R$ 5 bilhões em investimentos para descaracterizar todas as suas barragens construídas pelo método a montante no Brasil. O processo de desativação total e recuperação das áreas deve levar até 3 anos para ser concluído.
A Vale tem investido no uso de equipamentos não tripulados para operação remota de veículos e maquinários, além de sondagens remotas para obter dados geotécnicos e monitoramento constante das barragens de forma remota.
Para acelerar o cronograma, a empresa informou que irá paralisar temporariamente a produção nas minas onde essas barragens estão localizadas, o que deve impactar a produção em 40 milhões de toneladas de minério de ferro e 11 milhões de toneladas de pelotas por ano.
A Vale construiu estruturas de contenção abaixo de algumas barragens e adota diversas ações para controlar os riscos, como o monitoramento constante, a interrupção imediata das atividades em caso de aumento de riscos e a retirada de moradores das Zonas de Autossalvamento (ZAS).
A Vale mantém um canal aberto de comunicação com as comunidades, compartilhando regularmente informações sobre o status das obras e realizando reuniões e visitas periódicas com representantes das comunidades e do Ministério Público.
A primeira estrutura eliminada pelo Programa de Descaracterização da Vale foi a barragem 8B, da Mina Águas Claras, em Nova Lima, em dezembro de 2019. Desde então, a empresa vem avançando com o processo de desativação de outras barragens, como as pondes de rejeitos da Barragem do Igarapé Bahia.
A eliminação de todas as barragens construídas pelo método a montante é um compromisso assumido pela Vale para garantir maior segurança para suas operações e comunidades próximas, evitando que acidentes similares voltem a acontecer.